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Homeschooling: quem se beneficia com essa prática educacional?
Segundo o STF (Superior Tribunal Federal), as crianças precisam da escola para conviverem com socialmente com grupos diversos e, com eles aprenderem sobre outras crenças, valores e vivências distintas.
Nossa Constituição prevê a educação em cooperação entre família e Estado, inviabilizando uma educação exclusiva dos pais e, o Código Penal considera a educação domiciliar como abandono intelectual.
Se a Constituição e o Código Penal consideram tal prática algo prejudicial, o que leva o atual governo a tomar essas medidas?
Somos um país amplamente diverso; um país de camadas socioculturais antagônicas que, inclusive diferem no modo de vida. Prever leis com regras para a educação domiciliar no momento é, minimamente, colocar a sujeira para debaixo do tapete.
A educação no Brasil necessita urgentemente de recursos para sua melhoria e não diminuição desses recursos em função de baixa de alunos por homeschooling.
Durante a pandemia tivemos uma evasão escolar de 171%, segundo relatório do Todos pela Educação. Além disso, 25.100 denúncias de violência contra crianças sendo 84% dos casos ocorridos dentro das próprias casas.
O impacto do afastamento social para crianças e jovens autistas durante a pandemia, vem sendo estudado por vários especialistas. Além de um grave descumprimento da Lei 12.764/12, os efeitos de um isolamento prolongado pode afetar severamente física e emocionalmente a todos.
Se pudermos pensar em algo de bom sobre a pandemia, é que ela nos ensinou o que NÂO se deve fazer com crianças e jovens: Não afastá-los das escolas.