1 de junho de 2022

Tempo de Leitura: 2 minutos

Recentemente foi aniversário do meu filho Gabriel, ele acaba de completar 13 anos e com o fim da pandemia conseguimos reunir a família para comemorar essa data muito especial.

O tema deste ano foi a Patrulha Canina, um desenho com filhotes de cães que precisam salvar o dia das armações de um prefeito malvado, de problemas ambientais e até mesmo para encontrar um bolo de aniversário perdido.

Publicidade
Matraquinha

Apesar da idade dele, o conteúdo infantil ainda é o preferido, por outro lado, o Naruto, personagem de anime para adolescentes, começou a surgir em sua playlist.

Neste ano a experiência foi incrível, pois pela primeira vez ele participou ativamente da criação da festinha de aniversário: ele escolheu o bolo, os doces e os enfeites. Os ensaios para cantar os parabéns começaram semanas antes com a ajuda da irmã caçula, a Thata.

Mesmo sem falar por causa da apraxia da fala. ele se esforça e vez ou outra saem algumas palavras com um som familiar.

O grande dia chegou, ele mesmo escolheu a roupa e desta vez preferiu ir de chinelo do tipo slider, aqueles que não possuem aquelas tiras que divide o dedão dos demais dedos e que, de meias, dão uma aparência bem assustadora, como diz a minha filha.

O dia estava liberado e quando digo isso me refiro aos quitutes e doces, o que estivesse na mesa do bolo poderia ser comido por qualquer um, inclusive por ele que percebeu logo e não deixou passar batido.

Chegou o momento mais esperado, nos posicionamos na mesa e a cantoria começou, ele juntou os braços ao corpo, levantou levemente os antebraços e começou a bater palmas que estavam incrivelmente sincronizadas com pequenos saltos e um sorriso jamais visto em seu rosto.

Em alguns momentos ele olhava para a irmã, para minha esposa e para mim com aquele baita sorriso de alegria. Noutros, ele observava a família cantando, gritando, assoviando, batendo palmas, fazendo aquela festa que ele tanto merecia.

“… É pique, é pique

É pique, é pique, é pique

É hora, é hora

É hora, é hora, é hora

Ra-tim-bum!…”

Antes de cantar o nome dele, ele já estava com alguns brigadeiros na boca e saindo da mesa com mais alguns nas mãos.

Estes são momentos que ficam em nossas memórias e cada novo desafio que é superado precisa e deve ser comemorado.

Você consegue se lembrar da primeira vez em que comeu um brigadeiro?

Parabéns, meu filho.

Mamãe, Papai e Thata te amam!

COMPARTILHAR:

Pai do Gabriel (que tem autismo) e da Thata, casado com a Grazy Yamuto, fundador da Adoção Brasil, criador do app matraquinha, autor e um grande sonhador.

Revista Autismo número 17 — índice

A vida voltando ao normal devagar

Publicidade
Assine a Revista Autismo
Assine a nossa Newsletter grátis
Clique aqui se você tem DISLEXIA (saiba mais aqui)