2 de janeiro de 2023

Tempo de Leitura: 2 minutos

Depois do diagnóstico tardio de Dupla Excepcionalidade (TEA+superdotação), nós, Claudia Moraes e Francilene Vaz, decidimos escolher a arteterapia como nossa intervenção terapêutica e idealizamos como projeto terapêutico o perfil @releiturafeminina, no qual expomos nossos gostos literários, musicais, artísticos e principalmente nosso olhar sobre a arteterapia. A profissional que nos acompanha via on-line é a arteterapeuta @patriciawinck.

Por meio da arteterapia, instrumentos são utilizados para levantar indicativos, traços determinantes e características intrapessoais. Esse olhar atento e amoroso do processo terapêutico é de grande valia para a nossa autoestima, autoafirmação e amor-próprio.

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A maneira divergente de conceber a manifestação artística também fez e faz parte do processo, e é através das particularidades de cada uma de nós que percebemos o papel fundamental da arteterapeuta, conduzindo-nos através do conceito dos 3 C’s: “Trilhar o desconhecido com CORAGEM, CONFIANÇA e COMPROMISSO é fazer o caminho com um propósito maior e só seu, de alcançar transformação e cura, chegando ao CORAÇÃO”, diz Patrícia Winck.

A arteterapia traz um alívio às dores da alma, do corpo e do coração, quando permitimos e temos coragem para as mudanças que ela nos propõe. É um exercício diário, que envolve o querer fazer, o querer comprometer-se e, sobretudo, o decidir SER. E ser envolve o processo de fala. A escuta afetiva através da arteterapia só é possível e satisfatória para o paciente, quando este escolhe ser transparente. E, para avançar nesse acompanhamento terapêutico, é necessário desistir de buscar o controle de tudo. A confiança e a entrega são indispensáveis.

Usar os meios que a arteterapia sugere através da expressividade e permitir que suas mãos possam revelar em arte o que seu coração, alma e mente sentem é gratificante. Faz parte de um processo cur(a)dor. E, nesse processo, ainda homenagear quem se ama é maravilhoso.

É no mínimo interessante a forma como conseguimos nos conectar uma com a outra através da arteterapia. Reagir positivamente às demandas propostas, ao novo faz parte e contribui, como mulheres autistas e superdotadas que somos, para trabalhar a (im)previsibilidade, a intensidade, a curiosidade, a inteligência criativa e imaginativa, o pensamento em arborescência. É de fato investir tempo com qualidade nessa máxima constante que são sempre nossos encontros em terapia.

Se pudéssemos corroborar algo de forma incisiva, seria: Façam arteterapia!

Por Claudia Moraes e Francilene Vaz

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