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O André, o personagem autista da Turma da Mônica, aparece nesta edição na mais inclusiva de todas histórias. Com seu “sincericídio”, ele deixa a Mônica muito brava. E como criança tem que ser criança — independente de ter autismo ou não —, ela sai correndo atrás do André, furiosa, girando seu famoso coelhinho. Claro que ela não vai bater no André, mas é importante o autismo aparecer nas histórias de forma natural, como acontece no dia a dia com meu filho, por exemplo. Não apenas nas importantes cartilhas educativas ou informativos sobre o transtorno. O autismo é só mais uma das características do André e do meu filho. Eles não são o autismo!
Por falar em Turma da Mônica, a reportagem de capa mostra uma visita de autistas aos Estúdios Mauricio de Sousa, a qual pude acompanhar. Foi incrível! Pude ver, por dentro e nos bastidores, o quão inclusivo eles são, assim como as histórias que publicam. Sabe aquele ambiente que não tem valores que aparecem só no marketing da empresa? Então, é lá. Aliás, preciso fazer um agradecimento especial ao Mauricio de Sousa e a toda sua equipe, por toparem fazer a capa desta Revista Autismo — ficou linda!
Este número traz ainda uma reportagem sobre a “segunda camada” do diagnóstico de autismo, a respeito de síndromes raras que estão no espectro. Após diagnosticadas, dão novo rumo ao tratamento e à vida dessas pessoas. Reunimos famílias de três diferentes síndromes e a conversa foi bastante esclarecedora. Fazer um exame genético pode, em muitos casos, trazer informação e benefícios imensuráveis. Ainda mais após a grande pesquisa científica publicada em julho último (outro conteúdo desta edição), com dois milhões de pessoas, em cinco diferentes países, confirmando a causa genética do autismo de 97% a 99% dos casos. Uma parte deles, hereditário (81%), o restante, genético não herdado. E só 1% a 3% de causas não genéticas — ambientais.
Vamos parar de papo e “bora” ler esta revista inteirinha?