1 de junho de 2019

Tempo de Leitura: < 1 minuto

Em qualquer organização, a busca e a retenção de talentos têm sido um desafio estratégico para uma boa performance e sustentabilidade dos negócios. Neste cenário, surge outro grande desafio: incluir uma parcela importante da população que apresenta uma condição humana diferente da maioria das pessoas e, em boa parte, está fora do mercado de trabalho. São as pessoas com autismo!

A falta de conhecimento sobre o tema, refletida nos tradicionais processos de seleção, faz com que boa parte das empresas desperdicem pessoas bastante talentosas.

Publicidade
Genioo

Mas quais são as habilidades que as pessoas com autismo possuem?

Muitas delas têm competências como uma excelente memória, a capacidade de atenção e concentração acima da média, constância nas atividades, raciocínio lógico, habilidade visual e honestidade. Algumas empresas já perceberam o potencial e a vantagem competitiva de ter em suas equipes colaboradores com autismo. 

Um bom exemplo é a empresa Alemã SAP, líder mundial em software de gestão empresarial, que atualmente tem colaboradores atuando em diferentes países, em atividades tais como: teste de software, controle de qualidade e programação. A partir da constatação do potencial das pessoas com autismo, a SAP estabeleceu uma meta de ter 1% de pessoas com autismo entre seus colaboradores e criou um programa específico para a inclusão destes profissionais. Outro exemplo positivo é o de profissionais com autismo que atuam em atividades de análise de risco de crédito em uma grande instituição financeira, com excelentes resultados de performance, em função de seu raciocínio lógico apurado. Em atividades onde se requer uma alta capacidade de reconhecimento visual de padrões, observa-se excelente produtividade em tarefas como controle de qualidade.

COMPARTILHAR:

Psicólogo, especialista em terapia comportamental cognitiva em saúde mental, mestre em psicologia da saúde, com experiência na gestão de programas de diversidade e inclusão em empresas como Sodexo no Brasil. Há 4 anos, faz parte do grupo de trabalho sobre Direitos Humanos nas Empresas da rede brasileira do Pacto Global da ONU e é diretor geral da Specialisterne no Brasil, organização social de origem dinamarquesa presente em 21 países, que atua na formação e inclusão de pessoas com autismo no mercado de trabalho.

Autismo Severo: Há vida após o diagnóstico

Dia do Orgulho Autista, 18 de junho

Publicidade
Assine a Revista Autismo
Assine a nossa Newsletter grátis
Clique aqui se você tem DISLEXIA (saiba mais aqui)