6 de junho de 2023

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A Resolução 68/2022 da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) tem gerado polêmica e mobilizado protestos por parte dos servidores da área da saúde. A resolução impõe um limite de 20 horas de trabalho por semana para os profissionais que são pais de pessoas com necessidades especiais. Essa medida tem preocupado os funcionários, que temem o impacto na qualidade de vida de seus filhos e nas suas rotinas.

O Tempo trouxe a história da técnica de enfermagem Maíra Barbosa, mãe de uma criança autista de 9 anos. Com a nova resolução, sua jornada de trabalho passou de 20 para 30 horas semanais no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Ela, que mora em Jaboticatubas, região metropolitana de Belo Horizonte, teme uma possível regressão no quadro de saúde de sua filha devido às mudanças na rotina e a redução do tempo disponível para terapia.

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Na manhã desta segunda-feira (5), Maíra e seus colegas de profissão iniciaram uma greve em protesto contra a resolução. Além da questão da carga horária, os servidores também estão insatisfeitos com a imposição de um plantão adicional para aqueles que já trabalham 30 horas semanais, sem receber aumento salarial por isso. Com a resolução 10.730/2023, esses profissionais passaram a trabalhar em 11 plantões, em vez de 10.

A Fhemig, por sua vez, disse em nota que “não há aumento da carga horária dos trabalhadores” e que a resolução “estabelece parâmetros e critérios para o cumprimento da jornada, observadas as práticas já vigentes, legislação pertinente e diretrizes dos órgãos de controle”. O governo, a respeito de familiares de pessoas com deficiência, afirmou que “é sensível às reivindicações e mantém diálogo aberto com os servidores estaduais”.

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