14 de junho de 2023

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Desde que o Caio Bogos da aTip gravou comigo o episódio 7 do Amanda no Espectro, um dado em específico me deixou verdadeiramente abalada: “85% dos autistas estão desempregados”. O que eu faço com essa informação? Pensei nisso de maneira obsessiva por dias.

Logo depois entendi que este dado dava um caminho mais claro sobre o que penso sobre o meu trabalho a partir de agora. 

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Matraquinha

Quando comecei a gravar o podcast eu estava totalmente crua no assunto e a ideia sempre foi aprender junto com a audiência. 

Recebo pessoas para contarem suas histórias e a história de grande parte de gente como eu não está sendo contada. Pior: elas não existem pelo fato dessas pessoas não estarem no mercado de trabalho. 

Trabalhar é ter história! 

Quando a gente se transforma em gráfico ele não está ao nosso favor. Precisamos pensar, mais que urgentemente, em como fazer para que o mercado de trabalho nos entenda como força diferenciada. Oportunidades de contratação de pessoas com capacidade de executar tarefas importantes e complexas de maneira não convencional. Assim como tarefas simples também e, muitas vezes, de novas formas. 

Fala-se tanto em pensar “fora da caixa”. Acredito que essa expressão deva ser usada de maneira correta: A GENTE JÁ PENSA FORA DA CAIXA! Não é nada difícil pra gente. É como somos.

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Nascida no Capão Redondo, periferia de São Paulo, cursou jornalismo, trabalhou na TV aberta por oito anos e em rádio por mais de 15. No podcast Esquizofrenoias busca tratar de maneira leve e sem tabus de um tema que é conhecedora de causa: saúde mental. Em 2019 o podcast foi indicado ao APCA. Em 2020 concorreu ao Miaw MTV na categoria Podcast Nosso de Cada Dia. Hoje além do Esquizofrenoias e do Chá das 4:00 e 20 músicas apresenta roteiriza o Amanda no Espectro, série de 12 episódios sobre a sua descoberta como autista.

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