1 de junho de 2023

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Recebi o diagnóstico de autismo do meu filho em 2011.

Se você já acompanha esta coluna, deve conhecer o meu filho Gabriel, caso não o conheça, deixo o convite para que leia as edições anteriores.

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Genioo

Desde março de 2019 eu compartilho nossas experiências em família, mas hoje resolvi falar sobre mim.

Nunca me achei o melhor pai do mundo, mas sempre procurei ser o melhor pai dentro das minhas possibilidades.

Logo que recebi o diagnóstico do meu filho, minha esposa e eu começamos a buscar terapias e acompanhar pelas redes sociais famílias que já tinham passado pelas experiências que estávamos vivendo naquele momento.

Mas infelizmente caímos na armadilha da comparação e como a Grazy diz:

— A comparação é o ladrão da felicidade.

A criança do post ao lado faz 40 horas semanais de terapia, a outra faz musicoterapia, e outra faz equoterapia e o meu faz apenas fonoaudiologia e psicologia.

De onde tiram tempo para acompanhar essa criança nas terapias? E se eu não conseguir proporcionar todas as terapias, meu filho vai regredir?

Até onde sei, as mesmas 24 horas do dia valem tanto para mim, quanto para elas.

Na internet, ninguém perde a paciência com as crianças, chora ou se sente só.

Já perdi a conta de quantas vezes me senti o pior pai do mundo.

Isso já me fez muito mal, não que eu esteja melhor, mas essas armadilhas não servem mais para mim.

Aprendi a duras penas que estou fazendo o possível dentro das minhas possibilidades e estou bem com isso.

Tenho que parar com essa auto cobrança exagerada, preciso estar bem para que seja possível cuidar da minha família.

Só preciso ser mais gentil comigo mesmo.

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Pai do Gabriel (que tem autismo) e da Thata, casado com a Grazy Yamuto, fundador da Adoção Brasil, criador do app matraquinha, autor e um grande sonhador.

Revista Autismo número 21 — índice

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