10 de setembro de 2023

Tempo de Leitura: 2 minutos

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) realiza, nesta sexta-feira (15.set.2023), às 16h45, uma audiência pública com o tema “Linguagem Simples — o exercício da cidadania e autonomia por meio de abordagens acessíveis”. O evento será no auditório “Franco Montoro”, no prédio da Alesp.

Representando o projeto “Eu Me Protejo”, a psicóloga clínica Paula Ayub é uma das presenças confirmadas. Especialista em terapia de família e casal, ela é fundadora do Centro de Convivência Movimento (1992), membro da equipe do Teamm-Unifesp e colunista deste Canal Autismo / Revista Autismo. Ayub apresentará, como caso de sucesso, a aplicação da linguagem simples no projeto.

Publicidade
Livro: Autismo — Não espere, aja logo!

Outra presença confirmada é Laís Silveira Costa, doutora em saúde pública, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fiocruz e ativista pela emancipação das pessoas com deficiência. Ela falará sobre a produção da Fiocruz de materiais com linguagem acessível e os princípios que guiam essa abordagem.

A mesa será liderada pela deputada estadual Andréa Werner, autista, ativista pelos direitos de pessoas com deficiência há mais de 10 anos, mãe de um rapaz autista e fundadora do Instituto Lagarta Vira Pupa. A deputada vai falar de sua perspectiva sobre adaptação de materiais e como criar políticas públicas com impacto efetivo.

Linguagem simples

O comunicado da audiência explica: “Uma barreira importante que existe no contexto social para que todos possam exercer plenamente sua cidadania é o uso da linguagem como obstáculo. Isso acontece em um consultório médico, quando aquele profissional não explica com clareza o que uma pessoa tem ou o que ela pode fazer para diminuir algum sintoma, acontece quando um advogado cria um documento escrito de uma forma muito complicada sem levar em conta que a pessoa que vai assinar o contrato ou receber aquele texto pode não conhecer todos os termos específicos do direito, passa por materiais educativos sobre sexualidade que não explicam conceitos como autonomia e consentimento, e param em descrições fisiológicas.

A linguagem simples e acessível pode permitir que um texto ou uma fala alcancem um número muito maior de pessoas, que podem ser crianças, pessoas com dificuldade de comunicação, pessoas com deficiência intelectual, pessoas com conhecimento limitado em alguns assuntos específicos e pessoas com baixa escolaridade, entre muitos outros. Para reforçar a importância da linguagem simples, essa audiência pública trará três perspectivas”.

Serviço

  • Data: 15.set.2023, sexta-feira
  • Horário: 16h45 – 19h30
  • Local: Auditório Franco Montoro, Alesp
  • Endereço: Palácio 9 de Julho, Av. Pedro Álvares Cabral, 201, São Paulo (SP)
COMPARTILHAR:

Editor-chefe da Revista Autismo, jornalista, empreendedor.

Autistas relatam inflexibilidade e pensamento rígido em podcast

Museu em Curitiba cria sala sensorial para neurodivergentes

Publicidade
Assine a Revista Autismo
Assine a nossa Newsletter grátis
Clique aqui se você tem DISLEXIA (saiba mais aqui)