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Outubro é tradicionalmente conhecido como o mês da conscientização sobre o câncer de mama, um momento crucial para destacar a importância da detecção precoce e do tratamento adequado. Para pacientes com Síndromes e Doenças Raras, essa jornada é ainda mais complexa. Conversamos com a Dra. Aline Vieira, oncologista clínica do IOP (Instituto Oncológico do Paraná), para entender os desafios e cuidados essenciais nesse cenário.
Quando se trata de diagnosticar um câncer de mama em uma paciente com Síndrome ou Doença Rara, é fundamental evitar complicações relacionadas à condição pré-existente. Isso requer cuidado extra durante o diagnóstico e tratamento, muitas vezes exigindo abordagens personalizadas e adaptadas .
“Na primeira consulta, o médico oncologista desempenha um papel fundamental na compreensão do cenário clínico da paciente”, alerta a médica. Ela enfatiza a importância de envolver equipes multidisciplinares para proporcionar o melhor tratamento possível. “Ao criar um plano de tratamento para pacientes com Síndromes ou Doenças Raras com câncer de mama, é crucial considerar fatores relacionados à sua condição, medicamentos utilizados e o impacto do tratamento oncológico na condição de base”, explica.
Outro fator imprescindível é a comunicação do diagnóstico, que deve ser delicada e acompanhada de um plano diagnóstico ou terapêutico. “Isso ajuda a paciente a entender a jornada à frente e a reduzir a ansiedade sobre o desconhecido”, reforça a médica.
Caso o tratamento curativo não seja uma opção viável, os cuidados paliativos entram em cena para aliviar sintomas e proporcionar conforto à paciente. “Uma equipe multidisciplinar, incluindo fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, desempenha um papel fundamental nesse aspecto”, pontua. A colaboração com outros especialistas médicos, como cirurgiões, radiologistas e patologistas, é essencial para garantir o melhor atendimento possível. Segundo Dra Aline, casos são frequentemente discutidos em reuniões multidisciplinares para traçar um tratamento mais assertivo.
Pacientes com Síndromes ou Doenças Raras podem enfrentar preocupações emocionais e psicológicas adicionais. A equipe multidisciplinar tem o comprometimento de oferecer suporte emocional e bem-estar psicológico a elas. Vale ressaltar, segundo a médica, que o acompanhamento após o tratamento do câncer de mama também envolve exames regulares e avaliações médicas. “O plano é adaptado à condição clínica da paciente e à sua doença de base”, explica.
Dra. Aline recomenda que as pacientes prestem atenção aos sinais do próprio corpo e realizem exames regulares, como a mamografia anual, a partir dos 40 anos. “Isso é fundamental para a detecção precoce e o sucesso no tratamento do câncer de mama”, salienta. “O câncer de mama em pacientes com Síndromes e Doenças Raras é uma jornada difícil, mas com uma equipe médica especializada e cuidados adequados, é possível oferecer tratamentos adaptados e apoio emocional para enfrentar essa batalha com resiliência e esperança. A conscientização sobre essa questão é essencial para garantir que todas as mulheres recebam o apoio de que necessitam”, finaliza.