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Uma audiência pública convocada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) nesta segunda-feira (22) abordou o déficit de atendimento especializado para crianças autistas no Ceará. O evento contou com a participação de promotores de Justiça, representantes das Secretarias de Saúde de Fortaleza (SMS) e do Estado (Sesa), além de membros da sociedade civil. Durante a audiência, foi destacada a falta de profissionais capacitados para diagnósticos precoces de autismo no estado.
Segundo reportagem do O Povo, Alexandre de Aquino, supervisor do serviço de psiquiatria da infância e adolescência do Hospital de Saúde Mental de Messejana, apresentou dados indicando o aumento da prevalência de autismo. Ele mencionou que, aplicando estimativas dos EUA a Fortaleza, cerca de 24 mil crianças e adolescentes seriam autistas, o que demandaria uma rede ampla e bem preparada para atendê-los.
Foram apontadas problemáticas como diagnósticos imprecisos de autismo no município de Fortaleza, o que exigiria reavaliações e vigilância por parte dos profissionais dos postos de saúde. Em Fortaleza, há 13 unidades entre estaduais e municipais para atendimentos iniciais de autismo, incluindo o Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (Nutep) e o Hospital Infantil Filantrópico (SOPAI).
Em todo o Ceará, há 13 Centros Especializados em Reabilitação (CER) que fornecem acompanhamento especializado para crianças no espectro do autismo, localizados em diferentes municípios. A Sesa está planejando implantar 14 novos serviços de referência para pessoas com deficiência, atualmente em fase de seleção de locais e preparação de infraestrutura.