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Uma reportagem da revista Exame mostrou que, segundo a pesquisa “Mapa Autismo Brasil”, mulheres com transtorno do espectro do autismo (TEA) possuem maiores dificuldades do que os homens para conseguir diagnóstico. Segundo dados pesquisados, ⅓ das mulheres recebeu o diagnóstico após os 20 anos de idade, o que caracteriza o diagnóstico tardio do TEA. Em contrapartida, apenas 9% dos homens receberam o diagnóstico na mesma faixa de idade. Já o diagnóstico precoce (entre os 0 e 4 anos) ocorre em 61,6% entre os homens, e apenas em 37,2% das mulheres.
Segundo a professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) Christine da Silva Schröeder, entre as causas que explicam essa desigualdade de gênero no diagnóstico estão os estereótipos preconcebidos por profissionais da saúde e das próprias famílias, no sentido de “enxergar” as meninas como mais obedientes e quietinhas. Os efeitos do diagnóstico tardio nas mulheres são graves e irão aparecer principalmente nas relações interpessoais, afetando as oportunidades de trabalho e carreira e, também, nas relações pessoais. “O déficit de comunicação comum ao autismo impede que essas mulheres se sintam à vontade para demonstrar suas melhores habilidades”, explicou Schröeder.
A reportagem completa da revista Exame está neste link.