2 de novembro de 2024

Tempo de Leitura: 2 minutos

A convite da Nasa (agência espacial dos EUA), o neurocientista brasileiro Alysson Muotri, professor da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) e cofundador da startup Tismoo.me, será o primeiro pesquisador do mundo a conduzir uma missão científica na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A missão, prevista para o final de 2025, investigará o impacto da microgravidade no cérebro humano por meio de “minicérebros” — organoides cerebrais de cerca de 5 milímetros de diâmetro, que simulam as funções de cérebros infantis. Esses organoides foram desenvolvidos a partir de células-tronco e envelhecem de forma acelerada no espaço (em um mês na ISS, os minicérebros “envelheceram” dez anos), possibilitando estudos sobre processos neurológicos em diferentes faixas etárias, do estágio fetal à infância mais adiantada. A missão, segundo Muotri, contará com intervenções experimentais, entre elas, moléculas do chá de ayahuasca e de guaraná, que são neuroativas.

A notícia foi destaque na capa do jornal O Globo de ontem (01.nov.2024), com uma reportagem de página inteira da jornalista Raquel Pereira, leia, na íntegra, neste link. Muotri explicou que a preparação inclui adaptações dos equipamentos para condições de gravidade zero e treinamento físico intensivo. Este projeto de vanguarda reflete o avanço da pesquisa em neurodesenvolvimento e envelhecimento acelerado, além de abrir a ISS para cientistas internacionais, ampliando as possibilidades de descobertas científicas em condições extremas. A pesquisa representa mais um passo importante para entender os transtornos neurológicos e desenvolver novas terapias e com o orgulho de termos um brasileiro à frente.

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Primeiro cientista no espaço

À pergunta da jornalista Raquel Pereira “Como o senhor se sente sendo o primeiro cientista enviado ao espaço?”, Muotri foi categórico: “Nunca sonhei em ser astronauta, apesar de gostar de ler ficção. Adoro filmes de astronomia mas jamais planejei isso na minha carreira. Mas digo que se a resposta para tratamentos com “minicérebros” estivesse no fundo do mar eu treinaria para ser um mergulhador. São anos de trabalho que culminam nas próximas etapas, exploramos ao máximo o que poderia ser feito e agora estamos procurando novas respostas. Acredito também que essa missão será transformadora porque vai abrir a Estação Espacial para cientistas do mundo todo”, respondeu, determinado, o Dr. Alysson Muotri.

Para quem quiser mais informações, o texto completo da reportagem está disponível no site do jornal O Globo de ontem, neste link.

Capa do jornal O Globo, de 01.nov.2024

Capa do jornal O Globo, de 01.nov.2024

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Editor-chefe da Revista Autismo, jornalista, empreendedor.

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