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O caminho que iniciamos com esperança de melhorar a qualidade de vida do nosso filho Gabriel, ao introduzirmos o canabidiol como parte de seu tratamento, acabou sendo uma jornada repleta de desafios. Infelizmente, os resultados até o momento não foram os esperados e decidimos interromper o uso da medicação, após enfrentar uma série de obstáculos.
A perda do acompanhamento médico e seus impactos
Nosso primeiro grande desafio surgiu com o médico que acompanhava Gabriel há quase uma década. Ele deixou de atender pelo plano de saúde, o que causou uma verdadeira ruptura no tratamento do Gabriel. Isso provocou um aumento considerável na ansiedade e na irritabilidade de nosso filho, sinais claros de como essa mudança abrupta o afetou. A busca por um novo neuropediatra adequado tornou-se um novo e complexo processo.
Com o início do tratamento com o canabidiol, nossa expectativa era observar uma melhora gradual, mas o que enfrentamos foi justamente o contrário. Gabriel perdeu o sono, sua irritabilidade aumentou drasticamente e, ao longo das semanas, sua ansiedade pareceu intensificar-se. Apesar de termos contato com a empresa importadora, o suporte oferecido foi insuficiente para lidarmos com as dúvidas e problemas que surgiram ao longo do processo.
A difícil decisão de interromper o tratamento
Diante de tantos fatos complicadores, tomamos a difícil decisão de interromper o uso do canabidiol. Ainda hoje, não conseguimos determinar se houve algum impacto em relação à epilepsia, já que as crises de Gabriel estavam controladas pelas medicações que ele já usava antes do canabidiol ser introduzido.
Nossa experiência com o canabidiol acabou não sendo positiva, mas serve como um importante aprendizado. Nem sempre o que funciona para outras crianças autistas será a solução ideal para o nosso filho. Cada caso é único, e a decisão de testar novas terapias deve ser acompanhada de um suporte robusto, tanto médico quanto emocional, algo que infelizmente faltou em nossa jornada.
Decidimos compartilhar nossa história para que outras famílias possam ter uma visão mais clara dos desafios que envolvem a introdução de terapias alternativas como o canabidiol. Ainda estamos à procura de respostas e soluções que tragam mais bem-estar ao Gabriel, mas seguimos com a confiança de que cada passo, mesmo os que não trazem o resultado esperado, faz parte do nosso aprendizado como pais.