1 de dezembro de 2024

Tempo de Leitura: 2 minutos

Acredite se quiser, mas esse ano eu decidi começar a estudar análise do csomportamento (ABA, para os íntimos da área). E porque eu comecei a fazer isso? Bom, já faz alguns anos que eu estou trabalhando como assistente terapêutico no Grupo Gradual, em São Paulo, mas eu ainda sinto que falta um pouco de profissionalismo de minha parte. E sendo bem sincero, eu nunca pensei que eu fosse me interessar mais por essa área, por mais que seja extremamente difícil de se estudar uma coisa dessas. 

Apesar de toda essa complexidade que é o universo da análise do comportamento, eu sou muito grato por esse universo, pois se não fosse por ele e os estudos da minha mãe, eu não estaria onde eu estou atualmente, me comunicando com as pessoas, falando em público, fazendo trabalho com artes e, acima de tudo, fazendo amizades no trabalho. E tudo isso eu sou e tenho por vontade própria. Minha mãe sempre me respeitou e só me ensinou coisas que fossem me ajudar na minha vida, na minha independência e no meu crescimento como ser humano. Tudo o que eu aprendi, fui eu que pedi pra minha mãe, no meu tempo. 

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No meu nível de suporte atual, eu sinto que estou cada vez melhor, mas também ainda sinto que falta mais para eu conseguir me tornar 100% independente, pois por mais que eu consiga sair sozinho (para algumas coisas, e lugares específicos), me virar com alimentação (ainda sei pouco para poder morar sozinho e me alimentar bem, de forma saudável e diversa), eu ainda não sou capaz de entender coisas mais complexas da sociedade, como marcar uma consulta no médico, pagar a conta de água e de luz, ir ao banco, negociar aluguel da casa etc. Pois é, mas tudo tem seu tempo e eu não tenho a menor pressa. Claro que tenho consciência que pais não são eternos e que não terei meus pais aqui pra sempre. O que importa mesmo é que eu sou eternamente grato aos meus pais e à ABA por terem me ajudado a me tornar quem eu sou hoje em dia. E eu pretendo com certeza ir com tudo nos meus estudos para poder ter futuras oportunidades, principalmente ajudar outros autistas a alcançarem o melhor deles.

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Fotógrafo, palestrante, escritor e autor do livro Tudo o que eu posso ser, de 2017.

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