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O Dia das Mães, comemorado todo segundo domingo do mês e, em 2021, no dia 9 de maio, foi celebrado na comunidade do autismo de múltiplas formas. Com a participação de mães de autistas e mães autistas, a data foi marcada por reflexões sobre a maternidade atípica, histórias de lutas de mães e também materiais especiais.
A minha vontade era de dizer assim pra essas famílias: olha, existe um caminho e vamo junto porque ele é possível, mas pra isso a gente precisa conhecer, a gente precisa estudar, a gente precisa se unir”, disse Ana Paula Chacur, mãe de duas crianças no espectro, para o Bom Dia SP.
Sobre os desafios da maternidade atípica, a jornalista Andréa Werner foi enfática sobre os estereótipos em torno de expressões como “mãe especial”. “A gente não quer ser vista como santa, nem como guerreira. A gente que ter nossos direitos reconhecidos e a gente quer que o direito dos nossos filhos sejam reconhecidos. Nossos filhos não são pesos, não são fardos. Eles são pessoas que têm direitos que são negligenciados por várias esferas”, disse ao G1.
A psicóloga Mayra Gaiato promoveu uma live com Fátima de Kwant, também mãe e jornalista, sobre sua história, no Instagram. Outros profissionais, como a psicóloga Natalie Brito, aproveitaram a data para publicar textos sobre questões históricas do autismo, como a antiga e falsa hipótese de que o autismo era causado pelas mães.
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Por outro lado, filhos de mães também se manifestaram nas redes. O fotógrafo Nicolas Brito, por exemplo, declarou “feliz Dia das Mães pra essa mulher maravilhosa que nunca desistiu de me estimular”. Já um podcast feito por autistas chamado Spectre publicou um episódio sobre mães autistas:
Por outro lado, a data também foi marcada pelo luto das famílias e, consequentemente, dos autistas que perderam suas mães diante da pandemia de Covid-19. Um desses casos foi o de Ana Lucia Leite Felix, de Santos (SP).