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O que é ter cara de autista? Certamente, não existe “cara de autista”. Então, como reconhecer um autista? A avaliação diagnóstica é o caminho. Mas é algo complexo, que exige protocolos. Principalmente, em casos sutis. Assim, ser autista não está em determinado gesto. E, certamente, nem em maneirismos. Dessa maneira, é preciso observação cuidadosa. Enfim, conhecer os diversos aspectos da vida da pessoa.
Por exemplo, para a neuropsiquiatra Raquel Del Monde afirmar “você não parece autista”, é demonstração de pouco conhecimento sobre a condição. Os traços que definem o autismo não são óbvios ou visíveis. Enfim, existem vários autistas que não se enquadram numa análise mais superficial. Aliás, oque é ter cara de autista, não é mesmo?
Banalização do diagnóstico?
Desse modo, não “parecer” autista não significa que a pessoa não apresente prejuízos significativos em sua trajetória. Ou, então, que não demande suporte profissional. Aliás, no autismo leve, a pessoa pode ter um histórico de dificuldade nos relacionamentos afetivos. E até, no ambiente de trabalho.
Pensar na banalização do diagnóstico do autismo é leviano. Isso, porque pessoas aparentemente mais “funcionais” recebem, tardiamente, o diagnóstico. Mas, quem sustenta esse ponto de vista, não faz ideia do que é o dia a dia de um autista.
E quem “parece autista”?
Portanto, não aparentar as características do TEA não significa muita coisa. Inclusive, quando as características são mais evidentes, o autista costuma ser subestimado. Por isso, a informação é tão importante. Afinal, mais informação, menos preconceito!
Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre o assunto:
Publicado originalmente no Mundo Autista.