9 de julho de 2021
Tempo de Leitura: 4 minutosNinguém vira autista. Mesmo quando o diagnóstico do TEA – Transtorno do Espectro do Autismo acontece somente na vida adulta, o autismo esteve lá o tempo todo. Há quatro anos, recebi meu diagnóstico. Estava com 53 anos, havia construído uma carreira como jornalista, da qual me orgulho e pensei: “Como assim? Eu não sou quem eu era? Eu não era quem eu sou? Meu cérebro deu um nó. Ninguém vira autista. Eu precisava entender o que estava acontecendo comigo. Minha vida passou em minha mente, como um filme que eu registrei em meu livro: Minha Vida de Trás para Frente.” O diagnóstico de autismo no adulto Ainda hoje, parece que o autista desaparece depois da infância. Mas não, eles estão crescendo e aparecendo. Muitas famílias passaram a questionar os profissionais da medicina sobre as características de seus filhos adolescentes ou jovens. Famílias, médicos, profissionais da saúde – os bons – buscaram mais informações para dar conta dessa geração de autistas. Nessa busca, muitos pais passaram a se reconhecer também como autistas. O número de diagnósticos aumentou e, atualmente, 1 pessoa em cada 59 é autista. Um dos principais motivos é o aumento da capacidade diagnóstica. Dados sobre o autismo segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
Tempo de Leitura: 4 minutosNinguém vira autista. Mesmo quando o diagnóstico do TEA – Transtorno do Espectro do Autismo acontece somente na vida adulta, o autismo esteve lá o tempo todo. Há quatro anos, recebi meu diagnóstico. Estava com 53 anos, havia construído uma carreira como jornalista, da qual me orgulho e pensei: “Como assim? Eu não sou quem eu era? Eu não era quem eu sou? Meu cérebro deu um nó. Ninguém vira autista. Eu precisava entender o que estava acontecendo comigo. Minha vida passou em minha mente, como um filme que eu registrei em meu livro: Minha Vida de Trás para Frente.” O diagnóstico de autismo no adulto Ainda hoje, parece que o autista desaparece depois da infância. Mas não, eles estão crescendo e aparecendo. Muitas famílias passaram a questionar os profissionais da medicina sobre as características de seus filhos adolescentes ou jovens. Famílias, médicos, profissionais da saúde – os bons – buscaram mais informações para dar conta dessa geração de autistas. Nessa busca, muitos pais passaram a se reconhecer também como autistas. O número de diagnósticos aumentou e, atualmente, 1 pessoa em cada 59 é autista. Um dos principais motivos é o aumento da capacidade diagnóstica. Dados sobre o autismo segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
- A porcentagem estimada de crianças com TEA tem crescido desde o ano de 2014. Cerca de 1,7% (1 em 59 crianças) foram identificadas com TEA, com base em dados relatados de 11 comunidades nos Estados Unidos em 2014. Estimativas anteriores da Rede ADDM variaram de 1 em 150 (0,66%) a 1 em 68 (1,5 %). Além disso, a porcentagem de crianças identificadas com TEA variou amplamente pela comunidade, nas 11 comunidades analisadas pela Rede de Monitoramento de Incapacidades do Autismo e do Desenvolvimento da CDC.
- A porcentagem de TEA entre crianças negras e hispânicas aproxima-se da porcentagem em crianças brancas
- Para o diagnóstico é necessário que sejam apresentados registros preocupantes sobre o seu desenvolvimento das crianças na primeira infância. Quanto mais cedo uma criança é avaliada por atrasos no desenvolvimento, mais cedo ela pode receberá estímulos de acordo com esses atrasos, mesmo que a criança ainda não tenha fechado um diagnóstico de autismo.
- Em 2017, foi sancionada a Lei nº 13.438, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a adotar protocolos padronizados para a avaliação de riscos ao desenvolvimento psíquico de crianças de até 18 meses de idade.