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Uma petição do Center of Neurodivergence pede a revisão do ainda não lançado DSM – 5 – TR.
A versão da “bíblia” dos transtornos mentais da Associação Americana de Psiquiatria prevê uma mudança nos critérios diagnósticos de autismo favorecendo uma leitura mais conservadora do transtorno.
Segundo o Center of Neurodivergence a nova leitura restringe o diagnóstico, deixando milhões de pessoas sem sequer a possibilidade diagnóstica para autismo.
A discussão veio à tona pela entrevista dada ao podcast the Modern Therapist’s Survivel Guide pelo co-chair revisor do DSM, Michael B. First, afirmando que: “os critérios mais conservadores buscam reduzir as taxas de prevalência de diagnóstico de autismo, pois estar no espectro é superdiagnosticado e se tornou muito prevalente culturalmente” (tradução da autora).
Em termos práticos, o que isso pode significar?
Para o Center of Neurodivergence, é um grande problema sistêmico, que envolve desde o diagnóstico até os atuais números de prevalência que são de 1:44 nascidos segundo o CDC, Center of Disease Control.
Segundo estudos, o aumento do número de casos se deu pelo crescente número de profissionais capacitados para diagnósticos mais precisos, além do avanço e proliferação de informação sobre o espectro.
Quando achamos que estamos caminhando para frente, alguém diz que o diagnóstico é amplo demais e que devemos ser mais conservadores para diminuir a prevalência.
Não estamos mais discutindo prevalência; autismo não é doença e contamos a neurodiversidade para aprofundar o tema sobre a diversidade do cérebro humano.
Não se pode deixar de ser o que se é.
Uma palavra não pode mudar uma história de vida.