1 de dezembro de 2023

Tempo de Leitura: 2 minutos

Mês passado, eu e minha família planejamos uma viagem para a Europa para a gente fazer uma série de passeios e conseguir fazer fotos incríveis e até mesmo, quem sabe, uma exposição das minhas artes para apresentar para as pessoas da França, Inglaterra e Suíça.

Falando assim, parece ser bastante empolgante, não é mesmo? Pois é, mas a coisa não foi tão simples assim. Como muitos já sabem, nós não temos dinheiro o suficiente para fazermos viagens a lugares específicos. Então, nós viajávamos como beneficiários, que é um lance onde você paga somente a taxa de embarque para viajar, desde que um funcionário te coloque como beneficiário dele. Porém, não há garantia de que sobre vaga no avião e isso já está claro. Se não tiver vaga, eles remarcam a passagem ou devolvem o dinheiro. Até tem algumas vantagens, porém é um grande “tiro no escuro”, pois você nunca sabe se vai conseguir entrar em um avião ou não. 

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Matraquinha

Temos uns amigos próximos que trabalham em companhias aéreas e nos deram esse acesso. Só temos que agradecer por tudo o que eles fizeram por nós, até porque eles fizeram o possível pela gente. E como fizeram! Eles nos deram toda assistência possível e nos avisaram de tudo antes, inclusive que não tinha mais muitos lugares disponíveis. Mas olha, vou ser sincero com vocês. Apesar de não termos conseguido essa viagem, há males que vêm para o bem, até porque nós estávamos no nosso país perto de casa. Então não foi um motivo para eu ter uma crise muito grande, como já aconteceu algumas outras vezes. Pude voltar pra casa tranquilo e continuar a minha rotina normal de novo sem problema nenhum. E outra coisa, nossos amigos, que tinham comprado passagem normal, conseguiram viajar para Europa tranquilos e já estarão de volta na semana que vem. Eles estão se divertindo muito e eu estou muito feliz por eles. A gente tem que se alegrar por quem a gente ama, não é mesmo? E eu os amo muito. Então só pelo fato de eles estarem se divertindo por lá já me deixa muito feliz. Inclusive, minha amiga que foi viajar até se ofereceu para eu embarcar no lugar dela, mas não achei justo fazer isso com ela, pois a Europa era o maior sonho dela e eu acho muito justo deixar que ela realize o seu maior sonho, comparado a uma simples vontade minha. E só de pensar que ela está realizando o seu maior sonho por lá, já deixa o meu coração superaquecido. 

Enfim, era isso que eu tinha para compartilhar. Quem sabe não aparecerão algumas outras oportunidades por aí, não é mesmo? Eu continuo a sonhar e a lutar para conseguir conquistar minhas coisas. Acredito que um dia eu não vou mais precisar de benefício e vou poder viajar tranquilo para vários lugares do mundo.

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Fotógrafo, palestrante, escritor e autor do livro Tudo o que eu posso ser, de 2017.

Diversidade, equidade e inclusão, um caminho sem volta

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