1 de março de 2023

Tempo de Leitura: 2 minutos

“Nem parece autista”, “tão linda e é autista?”, “não acredito que esse garoto inteligente é autista!”, “não percebi, ela não tem cara de autista”, “é autista e trabalha?”, “uma autista numa escola regular, como assim?”, “vamos verificar, pois quem disse isso foi um autista”, “você está muito autista hoje”, “autista e olha nos olhos?”, “se é autista, não pode estar mentindo, pois eles não sabem mentir”, “qual é o superpoder do seu filho autista?”, “ela tem autismo e fala?”, “autismo não é uma deficiência, é uma habilidade diferente”.

As frases acima, infelizmente, fazem parte da história e muitas vezes do cotidiano de muitas pessoas autistas, que enfrentam o preconceito, o capacitismo na sua jornada. Dizer qualquer dessas frases — ou, de forma geral, que algo é “normal”, ou mesmo “anormal” —, segundo diversos especialistas, na maioria dos contextos, pode ser uma maneira de reforçar que ter um transtorno ou uma deficiência é algo ruim ou vergonhoso, que deve ser ocultado.

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Em diversos contextos, muitas dessas expressões, ao serem usadas, implicam dizer que autistas não precisam de acessibilidade e inclusão e, de certa forma, invisibilizam autistas que demandam mais suporte ou convivem com déficits maiores ou menos autonomia. Além disso, geram uma romantizada e falsa idealização do que é ser autista. Verbalizar alguma frase desse tipo ou pensar segundo essas ideias é confundir deficiência com doença ou incapacidade.

Creio muito que a informação e a conscientização sejam, atualmente, as melhores soluções para esse problema da sociedade. Não à toa, o tema deste ano para a campanha nacional do 2 de abril, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, estampa a capa desta edição:  “Mais informação, menos preconceito” (você encontra o cartaz oficial da campanha no centro deste exemplar, para você destacar e divulgar).

Além do cartaz e da reportagem de capa, te convido a ler esta edição inteira, que está recheada de bom conteúdo, feito por autistas e por não autistas.

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Editor-chefe da Revista Autismo, jornalista, empreendedor.

Revista Autismo número 20 — índice

André e a Turma da Mônica em: Mais informação

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