Hoje em dia, pode-se dizer que os métodos ágeis estão presente em boa parte dos projetos, sejam eles de tecnologia como em outros segmentos.

Um dos frameworks mais conhecidos é o Scrum, uma prática que ajuda a dividir os projetos mais complexos em ciclos mais curtos, otimizando o tempo das entregas, além de oferecer maior abertura para mudanças durante a execução das tarefas.

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Tais características podem ser benéficas na gestão de tarefas para as pessoas neurodivergentes, uma vez que as atividades são estruturadas de forma objetiva e divididas em etapas que são entregues periodicamente e contam com feedbacks constantes por parte dos líderes, conhecidos no Scrum como Product Owners.

O Scrum promove uma comunicação transparente entre os membros da equipe. Isso pode beneficiar pessoas neurodivergentes que podem ter como um dos principais desafios a interpretação de informações implícitas ou apresentadas de maneira sutil. A comunicação direta e objetiva do Scrum pode ajudar a reduzir mal-entendidos e facilitar a colaboração.

Outro benefício na utilização da metodologia ágil é a promoção da igualdade e a colaboração entre todos os membros da equipe. Isso significa que as contribuições de pessoas neurodivergentes são valorizadas da mesma forma que as de outros membros. Isso pode criar um ambiente inclusivo e encorajador, onde as habilidades e perspectivas únicas das pessoas neurodivergentes são reconhecidas e aproveitadas.

Lembrando que quando falamos de neurodivergência, falamos de um amplo espectro de características, portanto os benefícios podem variar e, inclusive ir além dos comentados neste artigo, dependendo das características individuais de cada pessoa. É importante lembrar que a flexibilidade na hora de aplicar uma metodologia ágil como o Scrum facilita que suas práticas e que o ambiente de trabalho seja adaptado para atender às necessidades específicas de cada membro da equipe.

Leandro J. Silva
Coordenador de Tecnologia na Specialisterne Brasil. Cientista de dados, cursando MBA em Gerenciamento de projetos. Há 18 anos atua com ensino de Tecnologia da Informação, sendo 8 anos na formação de pessoas autistas.