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Essa foi uma das perguntas que nós, colaboradores do TEAMM – UNIFESP, coordenado pela psiquiatra Daniela Bordini, fizemos às famílias de autistas adultos pela rede social. Nosso intuito foi ampliar nossa visão para podermos oferecer um serviço que fosse de encontro às expectativas e necessidades das famílias.
Entendemos que um espaço seguro e de apoio para famílias, mães de autistas é mais que urgente nos dias de hoje. Nossa grande pergunta era: Por que se esvaziam tão rapidamente? Foi aí que resolvemos perguntar.
Ao que pudemos apurar até o momento, é que a criação de um espaço para famílias está mais relacionada com receber informações do que um espaço de convivência e apoio. As respostas remetiam a dúvidas sobre o desenvolvimento, a comunicação, as formas do lidar no dia a dia, sobre desfralde, mercado de trabalho, autonomia, sexualidade, terapias, entre tantos outros temas, todos informativos.
Penso com os meus botões que, apesar de tantas terapias que levam seus filhos, falta-lhes uma resposta que lhes faça sentido para compreender “um fruto que caiu tão longe da árvore”. Um filho autista não é uma resignação, é alguém para se compreender.
Nós profissionais, estudamos, pesquisamos, atendemos, conversamos e fracionamos informações, muitas vezes, valiosas para os nossos autistas. Por vezes, deciframos juntos códigos de linguagem que pode ser um salva vidas numa entrevista de emprego. Mas não sei se sabemos conversar com os pais.
Fica aqui uma promessa e uma provocação para mais um passo ao aprendizado.