5 de janeiro de 2023

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Em resolução aprovada no dia 16 de dezembro de 2022, a Assembleia Geral da ONU , juntamente com mais 6 países, assinam a promoção e integração da linguagem simples para acessibilidade de pessoas com deficiência e dificuldade de leitura.

Para quem não conhece, a linguagem simples foi utilizada pela primeira vez pela UNESCO em 1963, quando publicado um guia de leitura simples para adultos e, em 1968, na Suécia. É criado o Centro de Leitura Fácil. De lá para cá muitas outras iniciativas foram feitas na Europa, principalmente, culminando com a criação da Rede “Easy to Read” em 2005.

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No Brasil, a LS tem iniciativas nas Leis 13,460 (Federal sobre os direitos dos usuários dos serviços públicos) e o decreto e Lei municipal da cidade de São Paulo instituindo o recurso nos órgãos municipais.

A linguagem simples garante o acesso à comunicação “transmitindo informações de maneira simples, objetiva e inclusiva” e precisa ser utilizada nos mais variados contextos, incluindo a escola. A apostila do curso de LS merece ser lida e aplicada por todos. Uma comunicação objetiva e clara atinge a acessibilidade cognitiva, permitindo acesso a todos, para todos os lugares e com toda a informação.

As pessoas autistas, muitas vezes, confundem-se com a qualidade de informação e com a constante fusão imagem x texto coloridos e com letras desenhadas. As pessoas com deficiência intelectual ficam na dependência de terceiros para receberem as informações.  Com o apoio visual, claro e limpo, a informação chega a qualquer pessoa.

Em julho de 2022, o CRP lançou um guia prático sobre acessibilidade oferecendo modelos da LS. Não será por falta de informação que não tornaremos a comunicação acessível. Acesse os links e comece a se comunicar de forma clara e objetiva. O mundo agradece.

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É psicóloga clínica, terapeuta de família, diretora do Centro de Convivência Movimento – local de atendimento para autistas –, autora de vários artigos e capítulos de livros, membro do GT de TEA da SMPD de São Paulo e membro do Eu me Protejo (Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes 2020, na categoria Produção de Conhecimento).

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