29 de janeiro de 2023

Tempo de Leitura: 2 minutos

Há duas semanas, abordamos o autogerenciamento no autismo. O autogerenciamento consiste na aplicação de princípios cognitivistas e comportamentais que tem como objetivo modificação do nosso próprio comportamento. Isso é possível a partir do momento em que temos controle sobre as condições que estimulam comportamentos indesejáveis ou desestimulam os comportamentos desejáveis. Desta vez, trazemos mais algumas estratégias de autogerenciamento.

Além de organizar o ambiente para facilitar que um comportamento ocorra, devemos também ter consequências positivas depois que o comportamento acontecer.
Afinal, são elas que serão em grande parte responsáveis por manter aquele comportamento acontecendo.

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No autogerenciamento essas consequências positivas, ou reforçamento positivo, podem ser administradas pela própria pessoa ou por um terceiro. Porém, é importante considerar que essa consequência deve ser realmente recompensadora para gerar modificação comportamental.

Alguns exemplos de estímulos reforçadores usados em programas de autogerenciamento são: itens tangíveis ou materiais, itens de consumo, atividades e fichas. Ou seja, se uma pessoa gostaria de aumentar a quantidade de exercício físico que faz ao longo do mês, ela pode definir que a cada exercício feito ganhará uma ficha e ao acumular pelo menos 8 fichas ao final do mês, poderá “ser recompensada” com uma atividade que goste de fazer.

As estratégias usadas no autogerenciamento são normalmente simples e fáceis de incluir no dia a dia. No entanto, o autoconhecimento é muito relevante para que sejam aplicados os estímulos antecedentes ou consequentes corretos. Não existe um certo ou errado, mas sempre deverá ser levado em consideração os aspectos motivacionais de cada pessoa, assim como compreender qual a melhor forma de colocar as estratégias em ação.

De maneira geral, o autogerenciamento é um processo muito flexível e versátil. Isso porque pode ajudar a qualquer pessoa e de forma acessível. Pode ser usado por
crianças, jovens, adultos e nos mais diversos contextos: profissional, escolar, pessoal, saúde etc. As estratégias podem ser aplicadas com objetos do dia a dia e geralmente não é necessário o envolvimento de outras pessoas.

Como se trata do gerenciamento do próprio comportamento, é uma excelente forma de estar cada vez mais no controle das contingências de sua própria vida.

Por Juliana Fungaro

Especialista em desenvolvimento pessoal

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