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Giovana Mol enfatiza que a família é essencial para grande parte das pessoas. Afinal, somos seres relacionais. Portanto, a família costuma ser aquele porto seguro. Ou seja, as pessoas que realmente vão dar um suporte. Isso mesmo se existir uma relação muito difícil. Assim, geralmente é a família que traz a condição de sobrevivência. Isso porque para que qualquer um de nós sobreviva sozinho é muito difíci. Isso está dentro até da nossa genética. Dessa forma, os nossos antepassados sobreviveram melhor se eles se reunissem em grupos com divisão de trabalho. Então, mesmo se a gente tem relacionamentos difíceis dentro da família, a nossa tendência é tentar trazer algum tipo de cuidado para aquela pessoa.
Ao trazer a discussão para o idoso, principalmente que têm maior risco de fragilidade tanto física quanto emocional, Mol percebe que a família tende a ser essencial. Isso,tanto para suporte emocional quanto para suporte físico. A gente sabe que o isolamento social, a sensação de solidão, estão estreitamente relacionados à episódios depressivos e ansiosos. Então, sim, sem dúvida, a família é das melhores ferramentas que a gente tem para nossa sobrevivência como seres humanos.
Não que a família não possa atrapalhar em alguns casos. Às vezes pode acontecer de ela ser contrária a algum tipo de tratamento proposto, ou de existem conflitos familiares que podem levar a aumento de sofrimento psíquico naquela pessoa. Também pode acontecer também de a família não compreender os sintomas daquele indivíduo e acabar intensificando o sofrimento. Por exemplo, ao culpabilizar aquela pessoa de algum sintoma que às vezes ela não tem responsabilidade. Assim, são inúmeras as intervenções negativas que podem acontecer de familiares. É claro, a gente também tem que considerar um maior risco de violência. Isso porque os idosos são muito sensíveis. Assim, eles têm muito mais risco de sofrer violência, tanto verbal quanto física, de familiares. Logo, são inúmeros abusos. E cabe ao profissional de saúde tentar investigar e assim ter a motivação de investigar como está sendo esse suporte para o idoso. Ou seja, como está sendo, se essa família está sendo suficientemente boa para dar os meios de sobrevivência, tanto psíquicos quanto físicos, para aquele indivíduo.