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Obesidade no autismo

Tismoo.me
Tempo de Leitura: 3 minutos

A obesidade é um crescente problema de saúde global. No Brasil, a crise da obesidade vem aumentando gradativamente. Estima-se que uma a cada quatro pessoas acima dos 18 anos estejam obesas, totalizando 41,2 milhões de brasileiros. E embora a obesidade seja um problema para a população mundial, alguns estudos apontam que indivíduos dentro do espectro autista apresentam maior prevalência em números de obesidade e ganho excessivo de peso comparados com a população neurotípica. 

Alguns dos principais fatores contribuintes são:

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Ainda no âmbito das dificuldades enfrentadas na busca de tratamentos, ainda existe a falta de profissionais que saibam lidar com TEA para montar quadros de alimentação e exercícios adequados para a pessoa autista, tornando o processo de tratamento da obesidade no TEA mais difícil..

Tratamento da obesidade no autismo

 O combate da obesidade em pessoas neurodivergentes  depende principalmente da mudança do estilo de vida para uma alimentação mais saudável e uma rotina mais ativa de exercícios, assim como o tratamento de uma pessoa típica. No entanto, o tratamento da obesidade no TEA requer métodos e práticas diferentes. Alguns dos principais problemas relacionados à alimentação estão ligados ao comportamento repetitivo, inflexibilidade cognitiva (dificuldade para aceitar mudanças), seletividade alimentar (repertório alimentar restrito, com poucos alimentos aceitos) e a falta de rotina com a alimentação.

Para seguir com o tratamento da obesidade, é necessário levar em consideração as particularidades que o autista traz consigo. Isso significa trabalhar com as dificuldades alimentares e motoras para que a mudança de estilo de vida seja possível. 

Passos importantes para o tratamento:

Prática de atividades físicas: 

A prática de atividades físicas por meio de brincadeiras ou esportes traz diversos benefícios para a pessoa autista para além do auxílio na perda de peso, a prática auxilia a melhora do desenvolvimento das habilidades motoras, interação social, comunicação, redução das estereotipias e a melhora da qualidade do sono.

Mudanças nos hábitos alimentares: 

A mudança de alimentos é um grande desafio quando enfrentamos a seletividade alimentar, portanto, é interessante que a mudança seja feita aos poucos com a oferta de alimentos diferentes e mais saudáveis, e até mesmo de substituições de alimentos já consumidos, como por exemplo, trocar o suco em pó pelo natural, oferecer chips de batata caseira, Danone sem açúcar, etc. É importante não desistir de oferecer esses alimentos. 

Aumento da ingestão de líquidos ao longo do dia:

Atente-se a quantidade de água consumida, ela é responsável por regular o funcionamento do nosso corpo e também está ligada a nossa fome. Mantenha uma garrafinha com água fresca por perto, ofereça sucos naturais (sem adição de açúcar), experimente oferecer água saborizada para aumentar a ingestão.

Qualidade do sono: 

O sono é um dos pilares da nossa saúde física e mental, e desempenha um papel essencial na qualidade de vida de pessoas autistas, uma vez que, com o sono desregulado será mais difícil seguir com as terapias e tratamentos necessários, assim como, o aumento do estresse irá dificultar a aceitação de qualquer mudança feita na rotina. 

Referências

 

(Originalmente publicado no Portal da Tismoo)

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