14 de julho de 2022

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Linguagem simples é um modelo de comunicação, iniciado na Europa na década de 60 propondo um tipo de comunicação que seja compreensível a pessoas com deficiência e não alfabetizadas.

Durante a pandemia de 2020, a Fiocruz em parceria com diversas ONGs e grupos colaborativos distribuiu cartilhas sobre o uso de máscaras e medidas de higiene contra o vírus utilizando a Linguagem simples. A iniciativa se deu pela urgência em atingir o maior número de pessoas acerca da periculosidade do vírus e que pudesse incluir, pela acessibilidade de informação, pessoas não alfabetizadas e pessoas com deficiência.

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Em 24 de maio de 2022, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou o PL 6256/19, que cria a Política Nacional de Linguagem Simples para órgãos e entidades públicas, obrigando-as a transmitir todas as informações de maneira simples e objetiva para municípios acima de 50 mil habitantes.

O texto será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O entrave para a aprovação recai no orçamento dos municípios que alegam o alto custo dessa iniciativa.

Precisamos nos unir para assegurar que a Política Nacional de Linguagem Simples não seja barrada pela questão financeira como foi a votação do Rol da ANS. A falta de acessibilidade não pode ser mais uma questão orçamentária. Acessibilidade é direito, bem como a saúde e a educação.

Por uma sociedade mais justa e acessível.

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É psicóloga clínica, terapeuta de família, diretora do Centro de Convivência Movimento – local de atendimento para autistas –, autora de vários artigos e capítulos de livros, membro do GT de TEA da SMPD de São Paulo e membro do Eu me Protejo (Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes 2020, na categoria Produção de Conhecimento).

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