1 de junho de 2019

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Com a ascensão de associações formadas por pais de autistas e por autistas, bem como o aumento de pessoas diagnosticadas exercendo funções representativas, o conhecimento de causa se estabeleceu como um elemento aliado às discussões sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Por outro lado, sobre as mesmas manifestações de vivência dentro do espectro, um direito necessário para que autistas sejam ouvidos a respeito de suas próprias condições, e em consonância com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, pesam as responsabilidades.

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Nenhum tipo de ativismo relacionado ao autismo, em esfera pública e independentemente de quem o faz, tem consequências estritamente pessoais. Como comunidade, todo tipo de desinformação, desrespeito ou negligência impacta, de forma direta e indireta, autistas, familiares e profissionais.

Por isso, para além de fazer valer o direito de sermos ouvidos, nós precisamos de uma comunidade consciente da procedência das informações publicadas e compartilhadas. Afinal, fazer ativismo não é simplesmente aparecer e falar quando convém. É também escutar. É lidar com o contraditório, dialogar e rever conceitos equivocados por meio de leituras.

Faço este apelo especialmente aos autistas, nos quais me incluo, porque creio que esta discussão é necessária em tempos de tantas pessoas diagnosticadas se manifestando pela web como nós, do Introvertendo, quando iniciamos as atividades no primeiro semestre de 2018.

Por isso, se você é autista e produz qualquer tipo de conteúdo como pessoa pública, peço que seja  rigorosa com a qualidade da sua informação. Não esqueça do compromisso presente em nossas palavras e ações. Com cuidado, a comunidade ganha. Com negligência, todos nós perdemos.

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Jornalista, doutorando em Comunicação pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e autor do livro "O que é neurodiversidade?".

‘Pague pra ver’

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