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Recebi o diagnóstico de autismo do meu filho em 2011.
Se você já acompanha esta coluna, deve conhecer o meu filho Gabriel, caso não o conheça, deixo o convite para que leia as edições anteriores.
Desde março de 2019 eu compartilho nossas experiências em família, mas hoje resolvi falar sobre mim.
Nunca me achei o melhor pai do mundo, mas sempre procurei ser o melhor pai dentro das minhas possibilidades.
Logo que recebi o diagnóstico do meu filho, minha esposa e eu começamos a buscar terapias e acompanhar pelas redes sociais famílias que já tinham passado pelas experiências que estávamos vivendo naquele momento.
Mas infelizmente caímos na armadilha da comparação e como a Grazy diz:
— A comparação é o ladrão da felicidade.
A criança do post ao lado faz 40 horas semanais de terapia, a outra faz musicoterapia, e outra faz equoterapia e o meu faz apenas fonoaudiologia e psicologia.
De onde tiram tempo para acompanhar essa criança nas terapias? E se eu não conseguir proporcionar todas as terapias, meu filho vai regredir?
Até onde sei, as mesmas 24 horas do dia valem tanto para mim, quanto para elas.
Na internet, ninguém perde a paciência com as crianças, chora ou se sente só.
Já perdi a conta de quantas vezes me senti o pior pai do mundo.
Isso já me fez muito mal, não que eu esteja melhor, mas essas armadilhas não servem mais para mim.
Aprendi a duras penas que estou fazendo o possível dentro das minhas possibilidades e estou bem com isso.
Tenho que parar com essa auto cobrança exagerada, preciso estar bem para que seja possível cuidar da minha família.
Só preciso ser mais gentil comigo mesmo.