17 de novembro de 2022

Tempo de Leitura: 2 minutos

Os testes vocacionais são uma estratégia utilizada em consultórios e escolas para auxiliar os alunos a decidirem as suas áreas preferenciais para uma futura atuação profissional.

São Inúmeros e podem desde avaliar aptidões, que ligam às diversas áreas profissionais, até os que de fato, oferecem nomes das carreiras.

Publicidade
ExpoTEA

A internet está repleta deles, incluindo os tipos: faça você mesmo.

É importante salientar que os testes não são definidores, são ferramentas de orientação, e necessitam ser integrados a outras abordagens que os adapte às ‘problemáticas’ do sujeito..

O que isso significa? Que, ainda segundo o artigo, cerca de 72% dos sujeitos pesquisados beneficiam-se mais da entrevista de orientação, que do teste em si.

Isso não significa a eliminação da importância dos testes, mas que a relação, a conversa e estratégias de aproximação, são tão ou mais valiosas que o instrumento em si.

As conversas iniciais e posteriores aos testes, são fonte de reflexão, de ampliação de repertório e de descoberta de habilidades adormecidas. Novamente aqui, partimos dos pontos de interesse; interesse leva ao estudo e aperfeiçoamento do conhecimento. Gostar de jogos por exemplo, não define um programador. As reflexões acerca dos resultados dos testes, nos distancia do óbvio.

Já vivi situações em que o jovem me disse: “não poderia imaginar que tais profissões existissem e nem que eu tinha tanto em comum com elas”. Outros jovens já me disseram: “não quero fazer, acho que vai me confundir mais”.

Esse é outro ponto importante. Quem se beneficia dos testes vocacionais? Todos devem fazer?

O profissional deve avaliar juntamente com o jovem e sua família se a ferramenta será útil. Além disso, a família deve pesquisar sobre o profissional que aplicará o teste. Mais importante que a ferramenta, é o agente mediador entre o ‘sujeito e o teste’: “o teste deve ser encarado como um meio relativo e não um fim”. Ainda, muitas vezes, o próprio do psicólogo (a) dos jovens em idade vestibular podem oferecer sessões ‘temáticas’ sobre profissões e validar os interesses dos jovens e seu futuro profissional., incluindo a aplicação dos testes se se fizer necessário.

Não há uma resposta universal quando falamos de TEA. O autismo é um espectro, como sempre relembramos. Um espectro é amplo e heterogêneo; o que é bom para alguns, não necessariamente será para outros.

Então, para a pergunta que fizemos: Quem se beneficia dos testes vocacionais? Todos devem fazer? A resposta é: Depende. Sempre depende.

COMPARTILHAR:

É psicóloga clínica, terapeuta de família, diretora do Centro de Convivência Movimento – local de atendimento para autistas –, autora de vários artigos e capítulos de livros, membro do GT de TEA da SMPD de São Paulo e membro do Eu me Protejo (Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes 2020, na categoria Produção de Conhecimento).

Ipatinga, em MG, terá centro de referência em autismo

Robert Chapman: ‘Todas as questões relativas à saúde e deficiência são questões políticas’

Publicidade
Assine a Revista Autismo
Assine a nossa Newsletter grátis
Clique aqui se você tem DISLEXIA (saiba mais aqui)