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As pessoas com autismo representam hoje cerca de 1,5 % da população mundial, o que configura uma prevalência de 1 para cada 59 pessoas (segundo estatísticas dos Estados Unidos).
Apesar de bons e qualificados exemplos de sucesso na contratação, ainda poucas empresas têm aberto oportunidades para pessoas com autismo. Esta percepção sobre as dificuldades, por parte do mercado, em incluir profissionais com autismo, também foi indicada pelo secretário-geral das Nações Unidas em 2016, Ban Ki-moon, no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. Para ele, “a rejeição das pessoas que apresentam essa condição neurológica é uma violação dos direitos humanos e um desperdício de potencial humano”.
Atualmente, temos falado bastante sobre diversidade e inclusão como diferencial para as pessoas e consequentemente para os resultados das empresas. Tal fato se deve principalmente a uma saudável pressão das multinacionais que possuem programas globais de D.I. (Diversidade e Inclusão), e fizeram com que suas unidades no Brasil passassem a olhar para o tema, impulsionadas também pela obrigatoriedade legal das cotas para as pessoas com deficiência.
A lei de cotas é um marco legal que proporcionou a inclusão de mais de 400 mil profissionais com deficiência no Brasil, de forma a contribuir fortemente para os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, objetivo número 8, trabalho decente e crescimento econômico, meta 8.5. Apesar da novidade do tema Neurodiversidade, já existem muitas histórias de sucesso de pessoas que, mesmo com diversas habilidades e talentos, não conseguiam entrar no mercado de trabalho e hoje, com os devidos apoios, demonstram seu potencial, sentindo-se respeitadas, felizes e, claro, contribuindo para os resultados das empresas.
O tema da inclusão profissional das pessoas com autismo deve fazer parte da agenda corporativa de valorização da diversidade, seja pelo respeito às singularidades humanas, seja pela valorização da diversidade de talentos e potencialidades.