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A jornalista e deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP) falou pela primeira vez sobre seu diagnóstico de autismo em entrevista ao UOL Universa. Na ocasião, a parlamentar disse que passou o primeiro semestre de 2023 em uma avaliação e descobriu ser autista.
“O processo durou mais ou menos seis meses. Começou no início do ano. Foram pelo menos 13 consultas com psicólogos e psiquiatras. Entrevistaram os meus pais, meu marido, amigos. Isso tudo gerou um relatório de 29 páginas”, contou na entrevista. Ela disse ter ficado surpresa com o relato dos pais. “Minha mãe falou que eles me consideravam uma criança ‘avoada’. Eles me chamavam e eu não ouvia. E isso é um sinal clássico de autismo. Eu adorava andar descalça. Meu filho também só andava descalço quando era pequeno. Eu gostava de brincar de argila, era aficcionada pela mesma bota e não tinha muita noção do perigo. Isso é muito característico”, relatou.
Sobre a descoberta de autismo, Werner disse que complementou aquilo que não se encaixava com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), diagnóstico que a jornalista recebeu anos atrás. “Foram pequenos massacres que sofri ao longo da vida por questões relacionadas ao autismo e ao TDAH. Parece que encaixou tudo. Eu conheço muitos autistas que estão dentro de grandes multinacionais e que não falam que são autistas porque têm medo de sofrer o que sofri há 20 anos. Esse discurso de que somos todos iguais é horroroso. Somos iguais em direitos, mas as pessoas são diferentes. As mulheres autistas estão mais propensas a sofrer violência sexual, porque acreditam mais nas pessoas, desconfiam menos porque têm menos leitura social”, argumentou.