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O caso do jovem autista que perdeu um olho após ser espancado em um jogo de futebol no Distrito Federal no dia 2 de janeiro deste ano repercutiu dentro e fora da comunidade do autismo. Em entrevista ao Metrópoles, Wtsherdhay Gonçalves dos Santos falou pela primeira vez sobre as agressões que sofreu após tentar defender seu irmão caçula. “Eu fui falar para eles pararem, e um deles pegou um canivete na mochila e atacou meu olho. Depois desmaiei. Ele ainda me xingou de preto fedido, gorila, macaco e viado”, contou.
Wtsherdhay também disse que o momento em que foi agredido no olho foi marcante. “Eu me senti humilhado, triste. É tipo como se estivesse pegando fogo. Eu acho que eles queriam me matar”, lamentou.
Durante um protesto promovido pela família e ativistas, a mãe do jovem argumentou que o caso foi motivado por racismo. “É igual ele falou para a médica: ‘tia, ser negro é crime?’. Ele falou isso para todas as enfermeiras. Dói demais. Porque ser negro não é crime. Ser homossexual não é crime. Ele falou: ‘mãe, será que foi o meu cabelo? E eu falei: ‘não, filho’.”, disse.