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Assim como em períodos de matrícula escolar, famílias de pessoas autistas tem denunciado exclusões em colégios em vários lugares do Brasil. Em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais, um casal acusa o Colégio Stella Matutina de recusar a matrícula do filho, que está no espectro do autismo.
“A coordenadora disse que não poderia matricular o Murilo porque ele era autista. Havia, sim, vagas, porém para crianças típicas – ou seja, sem deficiência. Ela também falou que já tinha dois alunos com autismo e, com base no regulamento interno da instituição, não poderia aceitar outra criança nessas condições”, disse Karla Bronzato, mãe do menino, ao Estado de Minas.
Outra família, em Aracaju, tem afirmado dificuldades semelhantes em escolas particulares da cidade. “A gente sente uma impotência, porque sabe que são resguardados por lei, sabe que tem todo esse direito da inclusão, mas não sabe a quem recorrer para corrigir essas falhas”, disse Jonatan Marinho, pai de uma criança de cinco anos, ao G1.
Já Joyce Brito, em Curitiba, diz que chorou por três dias após uma série de recusas. “As que aceitam são escolas com valores muito, muito acima e não entram no meu orçamento. Isso é muito complicado. Com tantas escolas aqui perto eu estou tendo dificuldade de encontrar uma escola que aceite meu filho”, afirmou ela ao Plural.
Após a recusa de matrícula de outra pessoa autista em Ananindeua, no Pará, uma frente parlamentar tem discutido a recusa no estado. “Vamos acompanhar e propor todas as demandas que envolvem os direitos da pessoa com autismo e em conjunto com a Alepa vamos tratar da negativa de matrículas que infelizmente é muito comum. Todo início de ano temos essa demanda. Vamos acompanhar a execução dessas propostas para que não tenham esses tristes casos”, disse a advogada Nayara Barbalho em nota da Assembleia Legislativa do Pará.