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Graduado em História pela Universidade do Vale do Paraíba (Univap), mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e doutor em Educação pela mesma instituição, teve contato com o autismo a partir da experiência com o filho, até que passou a ser um ativista e divulgador científico sobre o tema. Além disso, é autor de livros e palestrante. Em entrevista ao podcast Espectros lançada nesta quarta (25), Lucelmo abordou inclusão escolar, bastidores da política em Brasília, interesses e hobbies.
Em relação à sua visão sobre o papel de um intelectual em relação a política, Lucelmo parafraseou o geógrafo Milton Santos. “A atividade política partidária se tornou aversiva pra mim. Eu entendo que ela deve existir e outras pessoas devem fazer, mas eu tenho zero interesse nisso, mas eu tenho interesse de pensar em mim mesmo e exercitar a minha função enquanto intelectual, como alguém que critica a realidade e que deve ser o mais imparcial possível. Não existe imparcialidade, não existe neutralidade total, isso não existe, mas esse exercício deve ser feito pelo intelectual sempre. Ele tem que ser crítico, ele tem que bater nos dois [esquerda e direita]”, argumentou.
Durante a entrevista, o professor também abordou polêmicas em relação a política de educação especial de 2020, argumentando que o projeto era discutido desde o governo Dilma. “O governo Bolsonaro não tinha nenhum interesse. Nunca foi pauta deles. A pauta deles era homeschooling, livros, Paulo Freire, nunca foi a discussão de educação especial”, disse.
O Espectros é o podcast de entrevistas da Revista Autismo / Canal Autismo (acesse http://canalautismo.com.br/espectros). Mensalmente, o jornalista Tiago Abreu recebe as pessoas que constroem a comunidade do autismo no Brasil para saber mais sobre estes indivíduos além da história, seja familiar, profissional ou pessoal com o diagnóstico.