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Pedagoga e ativista, Maria do Carmo Tourinho foi uma das primeiras mães atuantes na Associação de Amigos do Autista de São Paulo e, com a sua experiência, se tornou uma das primeiras ativistas do autismo no Sergipe. Também chegou a ser presidente da Associação Brasileira de Autismo (ABRA) em quatro mandatos. Em entrevista dada ao podcast Espectros lançada nesta quarta-feira (25), Tourinho abordou sua jornada no cenário do autismo.
Durante a entrevista, Maria falou sobre as dificuldades enfrentadas no início. “Quando alguém diz que tá sofrendo porque tem um filho autista, eu sempre digo: olha para trás. Quem começou sofreu muito mais. A gente não tinha nada, nós tivemos que criar tudo, nós tivemos que criar método, nós tivemos que treinar pessoal, não tinha ninguém capacitado para atender autismo, nem professor, nem agente terapêutico, nada”.
Sua trajetória no ativismo começou após o diagnóstico de seu filho Ramiro, em 1984. Inicialmente, ela enfrentou a dificuldade de médicos que não sabiam diagnosticar ou tratar o autismo, algo que a levou a pesquisar intensamente sobre o tema. A primeira vez que encontrou informações claras sobre a condição foi em uma revista que relatava casos de crianças autistas em São Paulo, o que a inspirou a buscar tratamento e apoio para seu filho, que continua sob os seus cuidados até hoje.
O Espectros é o podcast de entrevistas da Revista Autismo / Canal Autismo (acesse http://canalautismo.com.br/espectros). Mensalmente, o jornalista Tiago Abreu recebe as pessoas que constroem a comunidade do autismo no Brasil para saber mais sobre estes indivíduos além da história, seja familiar, profissional ou pessoal com o diagnóstico.