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A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) pressiona a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pela criação de diretrizes claras para o tratamento do autismo, visando sua incorporação ao rol de procedimentos dos planos de saúde. Um estudo da Abramge revelou que os custos com terapias para o transtorno do espectro autista (TEA) representaram 9,13% do custo médico total das operadoras, ultrapassando os gastos com tratamentos oncológicos. A necessidade de tratamentos individualizados e multidisciplinares, que podem variar de 3 mil a 20 mil reais mensais, é um dos principais fatores para o alto custo. Clínicas especializadas argumentam que a comparação com os custos do tratamento do câncer é incompatível, dada a diferença na natureza dos tratamentos.
O tratamento do TEA enfrenta desafios como a falta de profissionais qualificados e a necessidade de tratamentos personalizados, que demandam uma abordagem multidisciplinar. A ANS, que já estabeleceu a cobertura ilimitada (leia no artigo de Franklin Façanha) para sessões com especialistas para tratamentos do TEA, ainda analisa as contribuições de uma audiência pública sobre o tema. A discussão inclui a importância de diretrizes que orientem sobre o tratamento adequado, considerando a complexidade e a variedade de necessidades individuais dos pacientes.
O diagnósticos de autismo vêm aumentando cada vez mais (veja os número de 2023 em SP, no artigo de Katia Apolinário), porém, ainda não há número oficiais a respeito da prevalência de autismo no país. Projeto que o Brasil possa ter aproximadamente 6 milhões de autistas (leia a explicação detalhada no meu artigo) se considerarmos as estatísticas dos EUA proporcionalmente à população brasileira — já que não há nenhum evidência de haver grandes diferenças do número de prevalência estadunidense em relação ao resto do mundo.
Ontem (1), o site Futuro da Saúde publicou uma reportagem bem completa (do jornalista Rafael Machado) sobre o tema, veja neste link.
CONTEÚDO EXTRA
- Reportagem do Futuro da Saúde: Operadoras querem propor diretrizes para tratamento de autismo nos planos
- Por que o Brasil pode ter 6 milhões de autistas? – Canal Autismo
- Prevalência de autismo: 1 em 36 é o novo número do CDC nos EUA – Canal Autismo
- MPF recomenda a ANS para informar sobre o tratamento ilimitado de autistas – Canal Autismo
- Desafios e avanços no atendimento a pessoas com TEA: um olhar sobre os números de 2023, em SP – Canal Autismo