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Características e perspectivas da qualidade de vida de pessoas autistas adultas e idosas, uma pesquisa necessária
Pesquisadoras da Universidade Federal Fluminense (UFF) estão coletando dados para um trabalho científico que pede a participação de pessoas autistas adultos (maiores de 18 anos) e idosos para responder a um formulário simples, mas de extrema importância a respeito das perspectivas da qualidade de vida dessas pessoas.
A maior expectativa de vida para pessoas no espectro tem suscitado a importância de pesquisas nesta área. Um artigo recente, publicado pelo Journal of Autism and Development Disorders (2021) aponta para três temas emergentes no apoio ao conhecimento, prática e pesquisa em Envelhecimento e Autismo:
Buscando entender se adultos e idosos dentro espectro autista, possuem qualidade de vida no Brasil e o impacto que o envelhecimento da pessoa autista traz para suas vidas, as pesquisadoras Kamilla Grativol Rosa, do programa de Pós-Graduação em Ciências, Tecnologia e Inclusão (PGCTIN), da UFF, orientada pela professora Dr.ª Diana Negrão Cavalcanti, desenvolvem o projeto de pesquisa intitulado: Características e perspectivas sobre a qualidade de vida em pessoas autistas na fase adulta e terceira idade, no qual consta como etapa inicial da pesquisa a coleta de dados a partir de um formulário com questões elaboradas pela OMS, Whoqol-Bref, que visam avaliar a qualidade de vida.
As pesquisadoras dispõem-se a investigar percepção da qualidade de vida e de serviços adequados a autistas adultos maiores de 18 anos, contribuindo ao debate acadêmico e social, registrando os avanços e também as dificuldades sobre a oferta de políticas públicas, das organizações sociais e da projeção de espaços, serviços e equipamentos urbanos que proporcionem inclusão e cidadania a esse público no Brasil.
O projeto foi aprovado pelo comitê de ética da universidade e garante a proteção de dados a todos os que responderem ao questionário. A participação é de forma voluntária e sem fins lucrativos.
Qualquer pessoa autista diagnosticada, maior de 18 anos pode responder ao formulário, acessando o link: https://forms.gle/tVrGQ8RFuqVnu3ec7
ou pelo QR-code a seguir:
“Somente levantando questões acerca do autismo na fase adulta/idosa é que iniciaremos o debate para chegarmos as melhores práticas de intervenções visando ao bem estar do autista adulto e o seu envelhecimento ativo, promovendo avanços na discussão sobre o cuidado, enriquecimento ambiental, envelhecimento, relações sociais, autonomia, saúde mental e crenças pessoais das pessoas com autismo”, explicou a pesquisadora Kamilla Grativol Rosa.
Referência
Edelson, S. M., Nicholas, D. B., Stoddart, K. P., Bauman, M. B., Mawlam, L., Lawson, W. B., Jose, C., Morris, R., & Wright, S. D. (2021). Strategies for Research, Practice, and Policy for Autism in Later Life: A Report from a Think Tank on Aging and Autism. Journal of autism and developmental disorders, 51(1), 382–390. https://doi.org/10.1007/s10803-020-04514-3