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Um policial militar e professor temporário, identificado como Renato Caldas Paranã, está sob acusação de ter quebrado o braço de um adolescente autista no Centro de Ensino Especial 1 do Guará. O militar, que começou a lecionar em agosto, estava substituindo uma professora afastada na Secretaria de Educação do DF.
Segundo reportagem do Metrópoles, testemunhas relatam que o adolescente, um autista não verbal de nível 3, estava agitado, e funcionários tentaram acalmá-lo. No entanto, o professor teria ignorado as ordens contrárias da vice-diretora, segurando o adolescente com muita força, resultando na quebra do braço. O incidente está sob investigação da 4ª Delegacia de Polícia (Guará), e tanto o Corpo de Bombeiros quanto a mãe do jovem foram acionados.
O Movimento do Orgulho Autista (Moab), a OAB e o Conselho Tutelar anunciaram uma reunião para coletar informações sobre este caso e outros semelhantes. Em resposta, a Secretaria de Educação do DF informou que o professor foi imediatamente afastado, repudiando qualquer ato de violência e comprometendo-se a prestar todo o auxílio necessário ao estudante.
A Polícia Militar do DF considerou o incidente um “acidente”, alegando que o professor tentava acalmar o aluno durante uma crise nervosa, e a lesão ocorreu nesse contexto. A corporação destacou que a situação não se deu em atividade policial militar e citou a EC nº 101/2019, que autoriza a acumulação de cargos públicos por militares.