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O filósofo Luiz Felipe Pondé utilizou sua coluna no jornal Folha de S.Paulo para se defender de críticas que recebeu no ano passado, quando publicou o artigo de opinião ‘O diagnóstico de autismo se transformou numa tendência de estilo hype‘. No novo texto, ele argumenta que sua ideia era de fazer uma crítica cultural.
“Aquela coluna foi inspirada numa série da Netflix que à época fazia muito sucesso —’Uma Advogada Extraordinária’. Minha discussão ali, como sempre, era uma crítica cultural —uma série é um produto da indústria cultural— e não um debate acerca de diagnósticos psiquiátricos do autismo, uma vez que não sou da área, embora tenha alguns bons amigos nela”, disse ele.
Ao final, ele disse que “o foco da crítica era a transformação de um quadro de grande sofrimento de famílias e pessoas numa personagem que parecia viver facilmente um roteiro de sucesso, distanciando-se assim da realidade sofrida no dia a dia. Esse tipo de procedimento cultural produz ainda mais sofrimento pois se caracteriza por uma representação alienante da vida concreta das pessoas que experimentam o real”.