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Robert Chapman, autista que atua no campo da filosofia da neurodiversidade no Reino Unido, relembrou sua trajetória e trabalho no âmbito da pesquisa do autismo em entrevista no blog Biopolitical Philosophy, de Shelley Tremain. Na ocasião, Chapman relembrou que, ao longo da carreira, estudou o campo da saúde mental crítica, mas passou a se identificar mais com pontos apresentados por teóricos da neurodiversidade.
“Muito da psiquiatria crítica hoje enfatiza como as pessoas com diagnósticos de saúde mental não são ‘realmente’ deficientes porque a saúde mental seria uma questão política e não médica. Para mim, porém, todas as questões relativas à saúde e deficiência são questões políticas; então, isso é um falso binarismo”, afirmou em entrevista.
Robert também disse como encara a neurodiversidade como teoria. “Vejo a abordagem da neurodiversidade como um caminho alternativo, que pode conectar políticas radicais de saúde mental com o movimento mais amplo de pessoas com deficiência. Uma abordagem da neurodiversidade afirma o fato e a realidade da deficiência, permitindo a solidariedade com todas as outras pessoas com deficiência em uma política de libertação coletiva”, completou.
A entrevista também traz a experiência de Chapman como pessoa não-binária, os efeitos da Covid longa e a relação com a neurodiversidade, bem como seus projetos futuros.