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Com tristeza sem tamanho, noticio o falecimento, ontem (8.mai.2021), da mãe ativista Ana Lucia Leite Felix, de Santos (SP), idealizadora do grupo Acolhe Autismo, da Baixada Santista, fundado em 2012. Mãe dedicada, lutou muito não só em prol do filho, Caco, mas de todos os autistas e suas famílias.
Minha amiga pessoal, conheci AnaLu (como era carinhosamente chamada) em 2009, num grupo de familiares de autistas chamado “Autismo Família”, criado por Marie Dorion — era tempo em que tínhamos grupos de emails, pois as redes sociais ainda eram muito tímidas e não nos davam este recurso e o WhatsApp ainda ia nascer —, e como todas as pessoas daquele grupo, por quem tenho imensa gratidão, recebi dela (e do seu então marido, Carlos, já falecido) muito apoio no início da jornada do autismo e desta busca incessante por conhecer mais sobre a condição e sobre a comunidade.
Não conheço quem tenha lutado mais por políticas públicas para autistas naquela região, tendo conquistado, em Santos, a carteira de identificação local e a clínica escola de autistas da cidade (foto da inauguração aqui no destaque). A professora aposentada da rede municipal de Cubatão (SP) era sempre inconformada e inquieta quando o assunto era a causa.
Aos 56 anos, AnaLu deixa Caco Júnior, autista de 23 anos, os filhos mais velhos, André Filipe e Ana Carolina, além de um legado de resiliência e pensamento coletivo. E uma comunidade inteira em luto neste Dia das Mães, com AnaLu sendo mais uma das 421.316 mortes por Covid-19 no Brasil, até hoje, segundo o Ministério da Saúde.
Videoclipe ‘Até o Fim’
A seguir, deixo o videoclipe com o tema autismo, no qual participamos juntos, em 2011 (época em que eu ainda tinha um pouco de cabelo), com a música “Até o Fim”, da amiga Fantine Tho, excelente cantora (ex-grupo Rouge), uma feliz lembrança com AnaLu.