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O pesquisador Simon Baron-Cohen veio a público se desculpar após o estudo Spectrum 10K receber críticas de autistas ativistas e de alguns familiares. A pesquisa consistia em coletar amostras de DNA de cerca de 10 mil autistas do Reino Unido.
“Pelo feedback que recebemos de pessoas autistas, suas famílias e instituições de caridade, percebemos que precisamos de uma consulta muito mais ampla, que não fomos suficientemente claros sobre os objetivos do estudo e que aspectos da nossa pesquisa precisam de mais discussão. Pedimos desculpa sem reservas por estas questões e por qualquer sofrimento que tenhamos causado”, disse Baron-Cohen.
A pesquisa estava sendo desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Cambridge, da qual Baron-Cohen é professor e pesquisador, juntamente com o Autism Research Center, o Wellcome Sanger Institute e a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Apesar disso, autistas ativistas e organizações relevantes do Reino Unido, como a National Autistic Society, recusaram-se a contribuir com o estudo e se posicionaram contra o seu desenvolvimento.
O jornalista Liam O’Dell, que também é autista, divulgou uma série de matérias baseadas em emails de profissionais e documentos de hospitais e organizações que estariam envolvidas no estudo com base na Lei de Liberdade de Informação do país. Apesar de interrompido, o Spectrum 10K continua a ser alvo de debates, especialmente por conta de questões éticas relacionadas a pesquisa de DNA de um grupo vulnerável — no caso, os autistas.