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O Spectrum 10K, estudo genético no Reino Unido que causou polêmica entre ativistas do autismo no país, publicou uma atualização da consulta que buscou saber as opiniões das pessoas sobre o projeto. A consulta teve a participação de autistas, familiares e profissionais do âmbito do autismo.
O resultado da consulta inclui participação plena de autistas no processo de pesquisa e transparência total. A lista completa de compromissos levantados pelo projeto pode ser verificada no site do Spectrum 10K.
O anúncio provocou reações mistas da comunidade. No Twitter, a pesquisadora Sue Fletcher-Watson afirmou que foram firmados “bons compromissos”, mas se questionou ainda sobre outros aspectos da pesquisa. Já Robert Chapman, atuante numa discussão filosófica da psiquiatria e autista, disse que “sabemos que #Spectrum10k já decidiu internamente que seus críticos não eram autistas ‘autênticos’ e esta atualização deve ser lida à luz disso” também em seu Twitter.
O Spectrum 10K
A pesquisa consistia em coletar amostras de DNA de cerca de 10 mil autistas do Reino Unido e estava sendo desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Cambridge, da qual Simon Baron-Cohen é professor e pesquisador, juntamente com o Autism Research Center, o Wellcome Sanger Institute e a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Apesar disso, autistas ativistas e organizações relevantes do Reino Unido, como a National Autistic Society, recusaram-se a contribuir com o estudo e se posicionaram contra o seu desenvolvimento.
O jornalista Liam O’Dell, que também é autista, divulgou uma série de matérias baseadas em emails de profissionais e documentos de hospitais e organizações que estariam envolvidas no estudo com base na Lei de Liberdade de Informação do país.