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O debate sobre a assistência adequada para pessoas com transtorno do espectro do autismo (TEA) e outros transtornos globais de desenvolvimento (TGDs) no Brasil tem ganhado destaque, principalmente em meio ao crescente número de tratamentos demandados junto a planos de saúde. Acadêmicos e especialistas em saúde estão preocupados com a necessidade de um diálogo mais profundo sobre o tema, que deve ser baseado em evidências científicas, não apenas em critérios estabelecidos por planos de saúde. Segundo informações da Folha de S.Paulo, publicadas anteontem (24), essa discussão ganhou força após uma audiência pública realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em outubro, na qual se evidenciou a crescente demanda por tratamentos de TEA e a complexidade dos cuidados necessários. Destaca-se o salto na prevalência de TEA nos Estados Unidos, conforme dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, do governo dos EUA), que passou de 1 em 150 crianças em 2000 para 1 a cada 36 em 2020.
O tratamento do TEA envolve abordagens multidisciplinares e pode se estender por muitos anos, aumentando significativamente o custo para os planos de saúde. Professores e médicos, como Guilherme Polanczyk, da USP, e Graccielle Asevedo, da Unifesp, à reportagem da Folha, enfatizam a importância de uma abordagem que priorize o bem-estar do paciente e a escolha informada pelas famílias, além da necessidade de intervenções precoce e intensiva, especialmente nas primeiras fases do desenvolvimento infantil. Apesar da diversidade dos tratamentos e do nível de suporte necessário para cada paciente, o consenso é de que a discussão deve ser pautada por critérios científicos, e não apenas por questões de custo ou conveniência dos planos de saúde.
Para mais informações, a reportagem completa, da jornalista Joana Cunha, está disponível no site da Folha de S.Paulo, neste link, que apresenta também gráficos da ANS com a evolução dos custos das terapias nos últimos anos.