23 de julho de 2024

Tempo de Leitura: 2 minutos

A alimentação de pessoas autistas pode ser um assunto delicado para os pais e cuidadores, acompanhe nossa matéria sobre o assunto!

A alimentação pode ser um desafio para os autistas e seus cuidadores, devido às dificuldades em manter uma alimentação saudável, o que aumenta o risco de deficiências nutricionais. 

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ExpoTEA

As questões ligadas aos distúrbios alimentares se apresentam em cerca de 51% a 89% das crianças com TEA. Alguns dos problemas apresentados são:

  • seletividade alimentar; 
  • postura de inquietude e ansiedade durante as refeições;
  • repertório alimentar limitado; 
  • ingestão restrita ou exagerada;
  • dificuldade em permanecer à mesa durante as refeições. ¹

As barreiras alimentares são extremamente comuns dentro do espectro, sendo a seletividade a mais relatada pelos pais. As dificuldades em aceitar novos alimentos pode estar ligada a questões sensoriais e a necessidade de manter rotinas, padrões ritualizados e repetitivos. 

Seletividade Alimentar

Trata-se da recusa frequente de alimentos novos pelo repertório limitado de alimentos aceitos, a seletividade é considerada algo comum na infância. Porém, quando trata-se do TEA, falamos de um desafio para o autista e o motivo de preocupações para seus cuidadores. Isso ocorre devido às complicações atreladas à alimentação extremamente restrita, como atraso no desenvolvimento, problemas ósseos, anemia, desnutrição, baixo peso e obesidade. Além do risco aumentado para o desenvolvimento de hipertensão e diabetes. 

A recusa em alimentos pode nem sempre estar relacionada ao gosto do mesmo, mas sim a textura, cores, cheiros, temperos e a forma como a comida é apresentada.

Dicas:

Uma das formas de conseguir aumentar o repertório alimentar da pessoa, é oferecendo os alimentos de diferentes formas, assim como tentando identificar o motivo por trás da recusa. Às vezes a pessoa pode não aceitar bem alimentos moles como purê de batatas, por exemplo, então uma alternativa seriam batatas cozidas ao dente ou assadas no forno.

Além das dificuldades sensoriais, outros fatores podem influenciar como, habilidades motoras orais que resultam em um maior esforço para mastigação, problemas gastrointestinais e comportamentais, e a necessidade de manter uma rotina e rituais. 

As barreiras podem ser superadas independentemente da idade da pessoa autista, é importante lembrar que o processo de introdução a novos alimentos é feito com calma e pode ser apoiado por terapias que a pessoa faça em seu cotidiano, como a Terapia Ocupacional e a Fonoaudiologia, por exemplo.  

Referências

 

(Originalmente publicado no Portal da Tismoo)

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